Relacionamento entre pessoas e marca: será que dá match?
Apple, Ferrari, Channel. E tantas outras. O que essas marcas têm em comum? Bom, é fácil encontrar pessoas apaixonadas por elas. E seus produtos são itens de desejo no mundo inteiro. Dizemos, então, que essas marcas têm mais do que clientes; elas têm fiéis, fãs, advogados, amantes, apaixonados. Dizemos, então, que elas são Lovebrands.
As Lovebrands estão entre nós e são marcas mega relevantes para seus públicos. As pessoas conseguem se conectar com seus valores, suas narrativas e seus produtos. E essa narrativa encanta tanto a ponto de formar embaixadores, que levam essas histórias adiante, já que esses “brand lovers” se identificam com seus discursos e com o seu propósito.
“Marcas são o front-end, a interface da empresa. É com elas que os clientes se relacionam.” (Guta Tolmasquim, CEO da Brand Gym).
E, por isso, precisam construir bons relacionamentos, certo?
A era Brand Centric
Para ser uma Lovebrand, sua marca precisa entregar valor, para que as pessoas consigam se conectar e sentir que ela faz parte de sua vida.
Deixamos pra trás uma era de empresas centradas em produto e estamos vivendo, agora, uma nova era: a da Brand Centric Companies. Nesse novo universo, as pessoas querem criar conexão. Cabe às marcas construírem bem seus discursos para alcançar esse status premium – porém difícil e competitivo – na mente das pessoas.
E quais são as características das Lovebrands?
Temos uma boa notícia: não existe mistério sobre por que algumas marcas são tão amadas e outras não. Vamos entender melhor?
- Toda Lovebrand tem que ter um bom produto. Marca e produto precisam conviver em equilíbrio.
- É necessária uma cultura organizacional consolidada na empresa. Não é só o marketing que cuida da marca, e sim a empresa como um todo e todos os times.
- Marca é consistência; com um discurso alinhado em todos os pontos de contato, o consumidor cria mais vínculo e conexão.
- Marcas precisam ser verdadeiras, relevantes para os consumidores e diferenciadas no mercado – os 3 pilares mais importantes de um bom posicionamento.
Viu só? Nem parece tão complicado quando vemos desse jeito simples. Mas praticar tudo isso é um tanto diferente.
Mas peraí: todas as marcas devem ser uma Lovebrand?
Antes de querer posicionar todas as marcas do seu portfólio como Lovebrand, é preciso entender a estratégia de negócio de cada uma delas, para só então decidir qual marca deve criar conexões com as pessoas.
Alguns caminhos podem ajudar aqui:
01) Qual é a estratégia de preço?
02) A marca é de commodities?
03) Quais são os canais de venda mais usados?
04) Qual o prazo de recompra de produtos etc.
A lista de investigação é grande até se chegar à resposta se sua marca tem potencial de ser ou não uma Lovebrand.
Para marcas que têm como objetivo ocupar a posição de Lovebrand, investir em estratégia de marca é o caminho. Quanto mais awareness, mais conhecimento sobre ela, e mais clareza sobre suas histórias e seus produtos. Com uma marca mais forte, seu lead chega mais quente ao funil de venda, diminuindo seu CAC. Ponto pra marca. Ponto pro negócio.
Como conquistar o coração dos consumidores?
Entender seu consumidor com profundidade é o primeiro passo para se criar conexão. E não podemos esquecer das características de toda Lovebrand, que já dissemos antes: cultura consolidada entre o time; posicionamento bem definido, verdadeiro, relevante para seu consumidor e diferenciado no mercado. Tudo isso feito com consistência ao longo do tempo vai levar sua marca direto para os corações dos seus clientes.
Outro recado importante: você não precisa ser tudo. Empresas fortes sabem o que são, mas entendem muito bem o que não são. Se você expande muito sua oferta, o consumidor fica com dificuldade de entender o que você faz. Quanto mais amplo for seu portfólio, mais tempo você levará para se fazer compreendido. E quer saber? Ninguém compra aquilo que não entende.
Ser uma Lovebrand é uma consequência: não existe fórmula mágica, nem é só sobre o que você fala ou faz, mas, sim, sobre o que você entrega com qualidade e consistência.
Dá pra transformar uma marca em Lovebrand no curto prazo?
Dá, sim. É por isso que amamos trabalhar com startups. O segredo é achar seu Product Market Fit. Com isso, você define seu nicho e entrega muito mais valor, em vez de pulverizar seus esforços sem foco. As pessoas que conhecerem sua proposta não vão mais conseguir viver sem você. É quando você se torna, finalmente, uma Lovebrand.
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