Marcas do futuro

Daqui pra frente: o que as marcas do futuro precisam ter

Mas será que é tão futuro assim?

Você está conseguindo gerar valor para a sua marca por meio de um vínculo efetivo com seus consumidores? Além de serem centradas no consumidor, as marcas de hoje estão evoluindo para serem centradas nelas mesmas. E isso não representa egocentrismo! Pelo contrário, representa olhar para si mesmas e reconhecer aquilo que faz delas relevantes, diferenciadas em seu segmento e verdadeiras para seus consumidores. 

Apresentar somente os benefícios funcionais do seu produto já não é mais suficiente. Estamos vendo as marcas migrarem para um caminho de muito mais personalização da experiência – um caminho que valoriza cada consumidor e consumidora e que foge do óbvio. E como elas fazem isso? Conectando-se por meio de histórias que combinam com sua essência.

Os métodos de criação de novas marcas e o próprio branding não param de evoluir. Prova disso são as marcas que estão sendo criadas a partir de inteligência artificial. Mas vamos refletir: o quanto robôs e algoritmos são capazes de entender a fundo nossos desejos e nossa personalidade? Essa discussão é urgente.

Pensando nisso, reunimos 5 pilares que precisam estar presentes quando o assunto é o futuro do branding – um futuro que já está aqui entre nós, na verdade. Vamos nessa?

01 – Marcas vem de dentro pra fora

“A cultura come a estratégia no café da manhã.” (Peter Drucker)

Cultura de empresas é a construção da marca de dentro pra fora. E essa cultura tem um papel enorme na consolidação do posicionamento das marcas, mas não deve ser definida apenas pelo que está nos playbooks, brandbooks e styleguides; ela precisa ser baseada em valores reais, em interações diárias entre líderes e seus times, para que clientes e fornecedores também acreditem nesses ideais, garantindo vida longa e sólida para o negócio.

O jeito de manter essa cultura viva é dividindo, com frequência, aquilo que a marca acredita com os que trabalham junto com você. Não são mais apenas produtos e serviços que irão construir marcas relevantes, e sim a transparência e a responsabilidade com a sociedade. É isso que irá gerar segurança e percepção de valor para aqueles que fazem parte do seu ecossistema (clientes, colaboradores, parceiros, fornecedores, sócios).

Fazer com que seus colaboradores entendam o motivo de fazerem o que fazem é desafiador. E não é da noite pro dia. Mas quer saber? Vale a pena.

A Disney é uma ótima referência sobre cultura. Quer saber por quê? Leia “O jeito Disney de fazer negócios”, livro do próprio Disney Institute.

02 – Marcas se preocupando com sua reputação como um bom lugar para se trabalhar

“Employer brands”, na tradução literal, significa “marcas empregadoras”. Mas o conceito é muito maior que a tradução: são aquelas empresas onde todos querem trabalhar e ninguém quer sair. Elas não focam apenas em salário e produtividade a qualquer custo, mas sim em criar um bom ambiente de trabalho, com benefícios e qualidade de vida, ​​para promover desenvolvimento de potencial produtivo e valorização profissional.

Employer brands acreditam que o cuidado com atração e retenção de talentos ajuda a consolidar a cultura da empresa e a melhorar a competitividade dela no mercado. A busca por esse termo aumentou significativamente em 2020 e segue relevante no Google Trends, em 2021.

Imagine uma gangorra. Assim como marca e produto precisam estar em equilíbrio, precisamos pensar também em ambiente de trabalho e imagem da empresa, para que as pessoas queiram estar ali. As pessoas não compram produtos que não conhecem. E também não querem trabalhar em lugares que nunca ouviram falar. 

O LinkedIn mostrou que 75% das pessoas pesquisam detalhes e características das empresas antes de se submeterem a uma vaga. Pesquisam, comparam, perguntam, e só depois escolhem onde irão trabalhar. A dica aqui é: crie a expectativa certa para atrair e manter as pessoas certas.

Sabe o que pode ajudar você a criar ações relevantes e verdadeiras? Desenhe a jornada do seu colaborador dentro da empresa e mapeie como ele ou ela pensa e sente em cada momento, mapeando suas interações com outras equipes, lideranças e pessoas de fora da companhia. Isso vai ajudar você a fortalecer sua cultura organizacional, melhorar o clima, aumentar o engajamento e a produtividade dos times, além de diminuir consideravelmente seu turnover.

03 – Entender (cada vez mais) o comportamento do seu cliente

Acompanhar hábitos e entender comportamentos de seus clientes já é, hoje, a chave para se criar uma estratégia forte e conquistar bons resultados. Os consumidores estão cada vez mais críticos e com mais acesso à informação. Isso é um fato. E nunca foi tão importante para as marcas conhecerem cada um deles com mais profundidade.

As marcas com as quais interagimos já têm condições de nos monitorar 24 horas por dia. E as redes sociais possuem um grande papel nesse sentido. Por meio delas, trocamos informações, demonstramos sentimentos, registramos experiências, falamos ou postamos nossas preferências. Enfim, deixamos rastros. Rastros valiosos.

De acordo com um estudo da agência We Are Social, em parceria com a Hootsuite, o número de usuários cadastrados em alguma rede social já chega a 4,2 bilhões de pessoas pelo mundo e cada pessoa utiliza, em média, 8 redes sociais diferentes. Ou seja, as informações estão aí!

Não tenha medo de ir a fundo: quanto mais informações tiver, melhor. Saiba analisar esse material.

  • Entenda o motivo pelo qual sua marca é desejada.
  • Quais as expectativas e necessidades de quem se relaciona com você.
  • Onde as pessoas costumam comprar o que compram.
  • O que dizem seus usuários nas redes sociais. E por aí vai.

Outra dica: mantenha esse monitoramento contínuo do comportamento de seus clientes e, entre períodos distintos, pare para analisar e traçar tendências.

04 – Se posicione de um jeito diferente

“Seu bolso branding é seu guia”. 

Não fique restrito ao que sua tagline diz. Branding é uma entrega funcional. Você precisa aplicar as ferramentas e a estratégia da marca no dia a dia para conquistar seus objetivos. Para se diferenciar, por exemplo, você precisa de experiências capazes de tocar a fundo seus consumidores. Escolha bem a arena onde você vai atuar e marque território.

Uma nova dica: priorize o que exige baixo esforço para realizar, mas traz alto impacto nos resultados.

Entender como nasce a necessidade do cliente e como começa o processo de compra é essencial para se criar um posicionamento de sucesso. Entretenimento, diversão, ciências, culinária, comportamento, moda, beleza, vegetarianismo, veganismo, consciência racial, feminismo. Qual é sua bandeira? É por meio dela que você consegue criar esse senso de pertencimento das pessoas com a sua marca. Explore-as a fundo. 

Quer um exemplo prático?

A Exame é uma marca com mais de 50 anos de história. Em 2019, a revista estava passando por uma transformação em que foi necessário pensar como a marca se comportaria em novas verticais de atuação. Ela se preparava para ir além do conteúdo, ofertando outros produtos e serviços. Visualmente, o desafio era grande: ser diferente e nova, sem deixar de lado o que era antes. 

Criamos um jeito contemporâneo de nomear o grupo e criamos também nomes descritivos das novas verticais, reforçando a marca-mãe. 

Nova Arquitetura de Marcas EXAME

No visual, usamos cores e tipografia para um tom mais vibrante e digital. Além disso, a marca passou a celebrar o empreendedorismo e o capitalismo consciente.

Logo EXAME
Nova visão EXAME
Quer saber mais sobre essa nova Exame? Acesse aqui o case completo em nosso site.

05 – Aposte em relações de valor

A pandemia trouxe à tona um cenário que rompeu “a vida normal”, com novos horários, lugares e meios de comunicação, tanto no trabalho como na vida pessoal. Construir marcas nesse “novo normal” é ir além de features; é construir relacionamento. Para isso, é preciso ter empatia e entender o que faz a diferença na vida do consumidor.

Um usuário do MeSeems comentou que queria “um espaço que não tivesse objetivos de compra e venda” e “sinto falta de alguns recursos do MSN, como colocar offline no WhatsApp”. Faz sentido pra você? E para os seus colaboradores? E para os seus clientes? Relação emocional é o que faz com que o consumidor seja fiel por mais tempo e se torne um brandlover. É cada vez mais necessário ouvir para construir relacionamentos de valor, gerar experiências respeitosas e alinhar discurso e negócio.

O aumento de exposição, produção de conteúdo, espaços de vendas e anúncios em excesso incomodam. Fique de olho para não confundir oportunidade com oportunismo. É preciso um olhar cuidadoso para se criar relações genuínas e que entendem limites. Coloque seus valores à frente de suas atitudes e, assim, o caminho fica mais claro para todos.

E agora, o que você vai fazer daqui pra frente?

As marcas do futuro são aquelas que leem o cenário e fazem as adaptações necessárias para seguirem fortes e únicas. Não dá pra ser relevante com um discurso óbvio. Nem dá pra ser verdadeiro sem pensar em quem está por trás da construção da sua marca com você.

O que você tem feito e como imagina fazer daqui pra frente para ser relevante, diferente no seu mercado e verdadeiro para quem se relaciona com você?

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